Dúvidas
Kagome sentia-se embriagada pelo beijo repentino de Sesshoumaru, o que no inicio a deixou espantada, porém agora correspondia o beijo à altura. Enlaçou os braços no pescoço do inu-youkai aprofundando mais o beijo e fazendo Sesshoumaru querer mais além de um beijo.
-“O que está acontecendo com ele? Ele não é assim!” –Pensava Kagome sem entender os atos de Sesshoumaru. Logo uma lembrança de Inu-yasha veio na mente de Kagome o que deu um reflexo de razão e afastou Sesshoumaru com uma força que não sabia que tinha.
Sesshoumaru não esperava ser afastado, nunca foi rejeitado por ninguém, teve as mais belas youkais do Japão, e agora essa humana o estava rejeitando? Quem ela pensava que era? Ficou irritado com o ato dela e a viu chorando com as mãos na boca. Pela primeira vez se arrependeu de algo que fez, Sesshoumaru nunca se arrependia de nada e agora por um ato mal pensado ela estava lá chorando.
-Eu não devia ter feito isso... –Sussurrou Kagome chorando, mas ela sabia que ele tinha ouvido.
-Por que pensa tanto no meu meio irmão? –Perguntou Sesshoumaru tentando entendê-la.
-Porque eu o amo. –Respondeu ainda em lágrimas.
-Mas ele nunca se importou com seu amor! Sempre corria atrás daquela morta viva feita de terra e ossos. Sempre te feriu... –Falou indignado com os sentimentos da garota.
-É verdade... –Suspirou cansada.
– Mas não tem como eu escolher sentir algo por alguém. –Afirmou tentando finalizar o assunto.
-E por ele ter morrido você não pode se apaixonar por outro? –Perguntou, não sabia o por quê de tantas perguntas, já que não lhe dizia respeito, era o que ele pensava.
Kagome se espantou com tantas perguntas que o youkai mais frio que conhecera estava fazendo pra ela, mas ela sabia que ele tinha a razão e com certeza estava tentando ajudá-la.
Achou aquilo atraente nele, mesmo que o olhar dele continuasse frio e inabalável, ela sabia que ele estava preocupado com ela ali chorando por alguém que nunca deu importância pra seus sentimentos. Olhou pra ele e o abraçou repentinamente fazendo-o se assustar com o ato súbito dela que fez com que os dois quase caíssem no chão.
Foi ai que ela reparou que ele ainda estava sem roupa na frente dela e ela estava abraçando ele. Corou com o fato e se desgrudou virando-se de costas.
-Eu preciso voltar antes que se preocupem com minha demora. –Falou Kagome pegando suas coisas.
–Adeus Sesshoumaru. –Se despediu dele e correu de volta pro acampamento.
-Não será um adeus... Kagome. –Falou baixo e andou até suas roupas na margem do rio para vesti-las.
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Kagome chegou ao acampamento improvisado e se sentou ao pé de uma grande árvore e ficou pensativa. Olhou em volta sentindo falta de algo até que notou o sumiço de Shippou. Onde será que o pequeno estava? Não o viu faz um tempo e parecia que ninguém havia dado conta do desaparecimento dele. Logo após um tempo Sango voltou com Miroku com mais lenha e peixes.
-Sango, você sabe onde está o Shippou? –Perguntou Kagome na esperança que a amiga soubesse.
-Não Kagome-chan, eu pensei que ele estivesse aqui com você... –Falou a exterminadora olhando em volta e reparando que realmente o pequeno não estava com eles ali.
-Onde será que ele se meteu? –Perguntou o Miroku e ficou a lembrar na hora da luta contra Naraku. Lembrou-se de algo depois de tanto pensar.
–Ah! Acho que eu vi um vulto voando quando Sesshoumaru deu aquele ataque. Houve uma explosão, acho que Shippou voou com o vento! –Falou Miroku preocupado.
-Temos que procurá-lo! –Falou Kagome se levantando e arrancando suspiro cansado de Miroku.
Guardaram a comida e a lenha e seguiram Kirara enquanto esta farejava o ar à procura do cheiro do amigo. Ela achou o cheiro bem fraco do youkai raposa e correu em uma direção. O grupo corria atrás de Kirara na esperança de que o pequeno estivesse bem.
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Sesshoumaru estava chegando onde o acampamento dos protegidos dele estava montado e reparou num cheiro peculiar e diferente. Ouviu risadas de Rin e Kohaku e olhou-os de esguelha vendo o pequeno youkai que caminhava com Kagome. Deu de ombros com o fato dele estar ali, provavelmente eles deveriam estar procurando o pequeno, então havia chances da garota ir até ali e isso o deixava feliz.
Sentou-se debaixo de uma árvore e ficou a ouvir as risadas dos três e Jaken brigando com eles pra falarem mais baixo.
Não demorou muito pra uma gata amarela com longos caninos aparecesse no acampamento de Sesshoumaru e logo atrás dela, Sango, Miroku e Kagome apareceram. Shippou ao ver Kirara correu pra perto da mesma gritando seu nome com sua voz escandalosa.
-Kagomeeee! –Gritou o pequeno ao ver Kagome chegando e correu pro colo dela chorando.
–O Inu-yasha! Onde está o Inu-yasha!? –Perguntou o menino e viu a feição de Kagome tomar uma expressão triste e voltou a chorar.
–Aquele idiota! Ele não podia ter morrido!!-Calma Shippou-chan... –Kagome aninhou o pequeno youkai no colo e se aproximou da fogueira.
-Kagome-sama! –Falou Rin se aproximando feliz por rever a amiga.
-Rin-chan, que bom te ver! –Afirmou Kagome feliz em ver que a menina estava sendo bem cuidada.
–Sesshoumaru, se não se importar ficaremos aqui hoje, já está tarde pra procurarmos outro local e... –Foi cortada.
-Façam como quiserem. –Respondeu Sesshoumaru fingindo dar de ombro com o fato dela estar ou não ali.
-Obrigada. –Agradeceu a ele e Sango e Miroku se aproximaram também da fogueira.
Colocaram os peixes que pegaram pra fritar perto da fogueira e Kohaku se aproximou da irmã e se abraçou a ela. Estavam com saudades um do outro e Sango agora estava mais calma ao ver que ele estava bem e que Sesshoumaru havia cuidado bem dele. Mesmo aparentando ser frio, o inu-youkai sabia cuidar dos seus.
Depois de comerem, já era altas horas da noite e logo foram dormir. Sesshoumaru esperou que estivessem todos dormindo pra dar suas passeadas noturnas pra pensar e relaxar. A noite estava calma e atrativa para um passeio sem previsão de volta, o céu estava limpo, a lua estava alta no céu cheio de estrelas e uma brisa fresca passeava pelas plantações e balançavam de leve os cabelos prateados do inu-youkai numa formosa dança.
Sesshoumaru continuava andando sem direção exata e enquanto isso pensava em uma garota muito peculiar e atraente. Agora Kagome estava com um corpo mais formado do que quando a encontrou pela primeira vez, não gritava como antes e se portava mais como uma mulher e não como criança. Por que não conseguia tirar ela dos seus pensamentos, isso o intrigava muito, pois nem mesmo as belas youkais que ele já viu foram donas de seus pensamentos e sentimentos, ele simplesmente usufruía e depois como se nada tivesse acontecido, dava as costas e esquecia completamente. Desde o dia em que encontrou Kagome pela primeira vez, sentiu algo especial nela, só não sabia o que era, mas quando a viu com seu meio-irmão sentiu raiva, e tentou várias vezes matá-la. Ainda bem que não teve êxito.
Depois de uma longa caminhada pensando nela, Sesshoumaru acha um lugar bonito e agradável, senta-se embaixo de uma árvore de cerejeira e contempla por um tempo o local. Era um campo grande com um pequeno riacho no meio e em volta várias flores “dama-da-noite” soltando seu belo aroma para ele. As flores reluziam no campo gramado quando a lua batia nelas, o que dava ao local uma sensação mágica.
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No acampamento, Kagome estava de revirando na sacola-cama que trouxe de sua era, pra não dormir no chão. Estava tendo um pesadelo com Inu-yasha e Naraku, até que acordou assustada e sentou-se rapidamente.
-Era só um pesadelo... –Sussurrou com suor escorrendo pela face e olhou ao redor.
–Pelo menos não acordaram... Ué, cadê o Sesshoumaru? –Sentiu falta dele e sentiu-se desprotegida. Era como se a presença dele lhe desse conforto e proteção.
Levantou-se e começou a procurar a energia sinistra dele pela mata enquanto andava. Finalmente achou a tão conhecida energia, não tinha como errar, pois era muito forte e sinistra, então seguiu por um bom tempo até vê-lo sentado. Ficou observando ele em contraste com a lua cheia, parecia que a beleza do inu-youkai ficava muito mais chamativa e atraente do que já era no normal, e ficou pensando no que aconteceu no rio a um tempo atrás. O que será que havia acontecido com ele pra me beijar daquela forma? Logo ele que tinha tanto nojo e desprezo pelos humanos tendo um contato corporal intimo com uma, isso era muito estranho. Será que Rin o havia mudado tanto assim sem que ninguém percebesse?
Sesshoumaru estava muito mais forte do que ele era, agora com a Bakussaiga e seu novo braço. Ficou feliz quando ele superou o pai e parou com a ambição em ter a Tessaiga. Mas agora com Inu-yasha morto, quem ficaria com a espada? Tinha pegado ela por precaução depois que Naraku foi destruído, e também porque era algo de seu amor, ou antigo amor... Estava na duvida agora. Seu coração não palpitava mais quando se lembrava dos momentos que teve com Inu-yasha vivo, nem doía depois dele morto, mas estava acelerado enquanto olhava para Sesshoumaru no rio e agora também está.
-Já está há muito tempo me observando ai humana! –Falou Sesshoumaru sem olhá-la.
-Estava te procurando. –Confessou Kagome e viu ele se espantar um pouco com o comentário dela, embora tenha sido uma demonstração de sentimentos muito rápida por parte dele.
–Estava pensando.-Pensando em que? –Perguntou com certa curiosidade e se levantando pra se aproximar dela.
-N-no que aconteceu... No r-rio... –Gaguejou um pouco ao responder a pergunta e vê-lo se aproximando. A cada passo que ele dava em sua direção seu coração acelerava e falhava, até que prendeu a respiração quando ele chegou a poucos centímetros e abaixou um pouco a cabeça olhando olho no olho.
-Quer que repita? –Perguntou com um sorriso pequeno de canto de boca.
-E-eu não s-sei... Estou muito confusa. –Confessou sua duvida.
-Então deixe que este Sesshoumaru esclareça suas duvidas. –Respondeu Sesshoumaru desejando que ela aceitasse.
-S-Sesshoumaru... –Se assustou com o comentário dele, mas ele estava certo, se não tentasse não saberia se era ou não real aquilo que sentia.
–E-eu... A-aceito.Sesshoumaru pela primeira vez sorriu de felicidade pelo convite aceito dela e ela se surpreendeu mais ainda ao vê-lo sorrir tão belamente. Por que ele não sorria mais vezes? O que teria acontecido com esse youkai pra ele ser tão frio? Seus pensamentos foram calados quando sentiu os lábios dele sobre os seus novamente. Sentiu um gosto bom de mel quando aprofundou o beijo, era uma sensação maravilhosa, só os lábios daquele youkai era suficiente pra deixá-la em êxtase.
Prendeu seus braços em volta do pescoço dele pra que aquela carícia não acabasse tão cedo. Seu corpo estava esquentando cada vez mais como se uma fogueira estivesse perto deles e sentiu as mãos dele em sua cintura trazendo seu corpo mais perto do dele, deixando-os grudados.
Sesshoumaru foi chegando perto de uma árvore enquanto beijava Kagome, que nem se ligava no que ele estava fazendo. Encostou-a ali e passeou com as mãos pelo corpo dela, queria senti-lo, queria tocar em sua pele por baixo daquelas roupas estranhas, queria ouvir seu nome ser pronunciado em meio ao gemidos dela. Foi sentindo uma excitação crescente tomar conta de seu corpo e logo se sentiu incomodado com a armadura.
Com as mãos ainda passeando pelo corpo da jovem, adentrou nela para sentiu sua pele e esta se arrepiou de imediato com o contado. Kagome gemeu em meio ao beijo ao sentir as mãos dele passear por dentro de sua blusa e subir até seus seios e ali começar uma dança entre os mamilos e apertos. Kagome sentiu que aquilo estava atrapalhando, queria mais contato com ele e tratou de tirar a blusa estranha antes que pudesse ser rasgada, já que ele não sabia como tirava. Sesshoumaru ficou maravilhado com a beleza dela, seios médios e durinhos, cintura fina, pele macia, mas ficou intrigado com a peça que cobria os seios dela e tratou de arrancar aquilo que atrapalhava sua visão. Kagome corou quando se sentiu livre do sutiã e colocou as mãos na frente dos seios com vergonha dele vê-los.
-São perfeitos Kagome... Deixe-me vê-los, tocá-los e experimentá-los. –Falou Sesshoumaru com a voz roca de desejo e ela cedeu.
Sesshoumaru aproveitou pra retirar a armadura que estava muito incomoda já que estava excitado e jogou-a em um canto qualquer. Aproximou-se dela novamente e começou a dar atenção pros seios da moça. Começou a chupar o seio esquerdo enquanto no direito massageava com uma das mãos. Com a outra mão deslizava ela pelas costas de Kagome enquanto a mesma suspirava e dava leves gemidos. Kagome prendeu os dedos no cabelo da cabeça dele mostrando pra ele o quanto estava gostando daquele contato. Sesshoumaru sentia o cheiro de excitação dela aumentar a cada gemido que ela dava, mas parou o que estava fazendo pra voltar pros lábios dela. Beijou-a com volúpia e por conta da proximidade ela sentiu o membro dele coberto pela calça encostar em sua coxa, e corou enquanto sentia a língua dele enlaçando na sua.
As mãos de Kagome começaram a passear pelo peito dele por dentro do kimono e foi descendo pela fina cintura sentindo o contorno dos músculos dele. Subiu as mãos até os ombros dele e deslizou o kimono pelos braços até ficar preso somente na cintura. Sentiu o beijo parar e olhou-o sem entender, porém logo após sentiu as mãos dele segurarem as suas e levá-las até o laço que prendia o kimono. Começou a desfazer o laço e logo após a roupa inteira dele caiu no chão dando a ela a visão de um deus grego. O corpo dele era totalmente trabalhado graças aos séculos de luta e treinamento que ele passou. Viu o quanto havia excitado, mas não teve vergonha, já estava tão entretida e excitada que a visão só piorava o desejo. Sesshoumaru a segurou no colo e retirou a saia dela se deparando com outra peça estranha e deu um rosnado baixo de desgosto, porém pra surpresa dela e desfruto dele, passou uma das garras naquilo e rasgou-o, pronto agora nada mais o impedia de ver ou tocar.
Tsuduku...