Rússia

  Rússia, cujo nome oficial é Federação Russa, é o maior país em extensão territorial do mundo. Embora seja a 11ª economia mundial, a Rússia tem um importante papel geopolítico, pois é o segundo país mais armado do planeta.
   A bandeira russa é feita de três linhas horizontais branca, azul e vermelha. Suas origens remontam ao século XVII quando era a bandeira do reino da Rússia, já sob a dinastia Romanov.



Nome: Federação Russa
Capital: Moscou
Moeda: Rublo russo
Regime de Governo: República semi-presidencialista
Idioma: Russo (oficial) e mais 31 línguas co-oficiais
População: Aproximadamente 144 milhões
Área: 17,075,200 km2
Densidade demográfica: 8 habitantes por km2.




   O território russo foi se expandindo ao longo de séculos. Primeiro, ocupado pelos povos eslavos que foram se organizando para combater os vikings. As terras a leste estiveram ocupadas pelo Império Mongol fundado por Genghis Khan e a medida que este se enfraquecia, os russos somavam conquistas. Atualmente, a Federação Russa faz fronteira com 17 países e possui 11 fusos horários diferentes.




   O território russo é rico em níquel, ferro, diamante, petróleo, gás natural e o país guarda 1/4 da reserva de água doce do planeta. Já a indústria é voltada para o setor de armamentos e aeroespacial. Após a década de 90 ter sido bastante complicada por causa da transição do socialismo para o capitalismo, a economia russa voltou a crescer.
   A partir de 2000, com a eleição de Vladimir Putin, o país adotou definitivamente a economia liberal para competir com o mundo capitalista. No período de 2000-2008 a Rússia alcançou taxas de crescimento de 8% ao ano.
   No entanto, com a crise de 2008, a grande nação eslava sofreu um duro golpe. Primeiro houve a desvalorização do rublo em 10% e o aumento do gasto público. Ao mesmo tempo, Putin cassava os direitos civis dos cidadãos e sufocava qualquer tentativa de mais autonomia por parte dos estados que formam a Federação Russa.


   Assim, em 2012, a economia começou a desacelerar. Podemos apontar alguns motivos como a falta de:

- Integração ao comércio internacional;
- Competitividade;
- Segurança jurídica.

   Soma-se a isso às sanções impostas econômicas por conta da crise na Ucrânia e a anexação da Crimeia. Atualmente na Rússia 19 milhões, de pessoas se encontram por debaixo do limite da pobreza. Paradoxalmente é o país que registra o maior número de crescimento de bilionários no mundo.
   Por conseguinte, para sair do seu isolamento, a Rússia tem fomentado sua participação em acordos econômicos como a União Econômica Eurasiática ou o Brics.
A Rússia faz parte de vários fóruns econômicos como o G8 e o G20.




   Por ser um país vasto e que mescla uma dezena de povos, a cultura russa é rica e variada. Os reis russos patrocinavam as artes e compravam uma grande quantidade de quadros, esculturas e antiguidades para impressionar seus vizinhos. Basta mencionar que o maior museu do mundo, o Hermitage, situa-se no país. Além disso, 25 cidades russas são consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco como Derbente, Bogar ou o centro histórico de São Petersburgo. O artesanato russo é rico em detalhes e suas roupas bordadas eram um sinal de distinção para os camponeses. Destaca-se também contribuições artísticas russas que influenciaram o Ocidente.


   A música russa tem larga tradição e seus instrumentistas estão entre os melhores do mundo. Compositores como Alexander Borodin, Igor Stravinski, Sergei Rachmaninoff, Modeste Moussorgski e Mikhail Glinka têm suas peças interpretadas até hoje em todos os grandes teatros do mundo. Além das vigorosas danças folclóricas, os russos elevaram o balé a um novo patamar através de coreografias elaboradas, novas técnicas e intérpretes. A escola de balé do Teatro Bolshoi é considerada uma das melhores do mundo. Em 2000, a instituição abriu sua única filial pelo mundo na cidade de Joinville, em Santa Catarina.




   Em 1547, o grão-ducado de Moscou já era um poder regional considerável e o príncipe Ivan é o primeiro a ser coroado como Tsar, palavra russa que significa “César”. Afinal, os russos se consideravam os herdeiros espirituais do Império Bizantino. A partir deste reinado, os russos atravessam os Montes Urais e começam sua expansão pela Ásia. Após um período conhecido como o “Tempo dos Problemas”, os russos elegem um príncipe da dinastia Romanov para ser o monarca. O século XIX será de extrema importância para a Rússia. O país sai vitorioso das Guerras Napoleônicas e conquista territórios como a Finlândia, o Turquestão, China, o sul do Cáucaso e o Alasca.
   O Império Russo começa a ruir com o reinado do Tsar Nicolau II. Apesar de abolir a servidão e trazer melhorias para a população, sua atuação em guerras contra o Japão e a Primeira Guerra Mundial terminaram por diminuir sua popularidade.
Nicolau II reinou até 1917 quando abdicou pressionado pela Revolução Russa e posteriormente, assassinado junto a sua família pelos socialistas.
Na década de 20, com a morte de Lenin e sob a férrea liderança de Stalin, a Rússia se transforma na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Usando métodos de coletivização forçada, censura, culto à personalidade e prisões como o Gulag, Stalin consegue alçar o país a uma potência industrial, agrícola e militar.


   Desta maneira, o país se encontra pronto para a Segunda Guerra Mundial e consegue fazer frente ao Exército alemão à custa de muito sacrifício. Aliada do Reino Unido e Estados Unidos, o Exército Vermelho sai vitorioso e a URSS estende sua influência ao Leste Europeu. Esta polaridade entre capitalismo e socialismo será acentuada nas décadas posteriores com o período da Guerra Fria. Nesta época, URSS e EUA vão travar uma guerra ideológica que permeará todo os âmbitos da vida civil, política e militar.
   Os Jogos Olímpicos, a corrida espacial, a cultura, tudo era pretexto para que as duas potências mostrassem ao mundo as vantagens de cada um dos sistemas. Os dois países nunca se enfrentaram diretamente, mas através de seus aliados. O mundo conteve a respiração, por exemplo, durante a Guerra da Coreia e da Crise dos Mísseis, em Cuba. O perigo de uma guerra nuclear parecia real e iminente. Entretanto, as guerras continuaram a serem realizadas na periferia do mundo e sem grandes prejuízos para ambos os países.


   Na década de 80, com a ascensão de Mikhail Gorbachev como secretário do Partido Comunista começou uma nova era para a União Soviética. Gorbachev estabeleceu o diálogo com o presidente Ronald Reagan e a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. O objetivo era garantir que as políticas de Perestroika e Glasnost tivessem aprovação internacional, a fim de garantir uma transição tranquila para a União Soviética.
   No entanto, isso não foi possível, porque a pressão nacionalista interna foi maior. Vários países, então, aproveitaram para proclamar a independência e cortar os laços com a Rússia. Igualmente, as potências capitalistas não acudiram com nenhum tipo de ajuda financeira ao país.


   Após a dissolução da União Soviética, a Rússia passou a se chamar Federação Russa, adotou a antiga bandeira pré-1917 e organizou eleições livres. Houve uma grande expectativa de como a maior das repúblicas soviéticas iria atuar em relação a seus antigos estados-membros. Com o intuito de não perder a influência e o contato das ex-Repúblicas soviéticas, a Rússia propôs a criação da Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Esta organização pretende ser uma associação não governamental que reúna as antigas repúblicas integrantes da URSS. No plano interno, o presidente Boris Iéltsin consegue, através de um golpe, fechar o Parlamento (a Duma) e fazer a transição do socialismo para o neoliberalismo. Esta passagem não foi fácil devido à falta de regulamentação e à corrupção da oligarquia russa. O mandatário também enfrentou conflitos na Chechênia e no Kosovo.
   Sem apoio popular e do seu próprio partido, Iéltsin renuncia à presidência em 31 de dezembro de 1999. Seu posto seria ocupado pelo então vice-presidente Vladimir Putin que se tornaria uma figura marcante da política russa nas duas primeiras décadas do século XXI.

   A Rússia gótica-punk, embora assemelhando-se à Rússia real em muitos aspectos, é um lugar ainda mais extremo. As devastações do passado podem ser vistas aos olhos da população. Desprovido de desafio, os russos passam uns pelos outros como zumbis. Eles andam como se estivessem sozinhos no mundo, ignorando todo o resto. Cada cidadão segue sua própria agenda, completamente alheio ao que poderia acontecer com os outros em seu caminho.
   Os habitantes sobrenaturais da Rússia encontraram-se separados do resto do mundo através da Cortina Sombria no início dos anos 1900. Até agora, a Cortina caiu e qualquer poder que tenha sido erguido por forças desconhecidas, muitos de seus habitantes interpretam isso como um sinal de que as Noites Finais começaram.




   O Parentesco teve uma presença relativamente pequena na Rússia até a época de Peter, o Grande. Anteriormente, a Rússia tinha sido usada principalmente como um campo de batalha entre Tzimisce e os Lupinos, e como refúgio para os Gangrel errantes, mas durante o reinado de Pedro, muitos membros viram uma terra dourada madura com recursos e vacas. Os Toreador, em particular, viram uma chance de desenvolver os escritores e músicos russos. A presença de vampiros na Rússia cresceu constantemente, e os Lupinos pouco puderam fazer. Em 1917, os Brujah se mostraram no topo da situação. Agarrando-se a Lênin e seus seguidores, eles ajudaram a Revolução Comunista no meio da Primeira Guerra Mundial, expulsando os príncipes Ventrue e Toreador que anteriormente dominavam as cidades. Enquanto o golpe foi bem sucedido, e o último czar e sua família acabaram sendo assassinados, o plano dos Brujah saiu pela culatra. O desacordo sobre a forma de governo a ser formado levou a Rússia à guerra civil por um tempo. As facções Brujah brigaram e o povo da União Soviética sofreu.


   E, no entanto, os poderes mais sombrios e muito mais antigos residiam na Rússia muito antes que os próprios Rus se aventurassem na terra. Como essas terras já foram o território da Bruxa de Ferro, Baba Yaga, agentes Nosferatu de geração poderosa habitaram essas terras e quando a Bruxa despertou em 1991, ela imediatamente começou a reunir forças para devolver a Rússia à terra rural em que ela cresceu. Ela matou e devorou ​​vampiros nativos ou forçou-os à servidão, às vezes com força bruta, às vezes por meio de procuradores, e também às vezes por meios sutis como disciplinas. Muitos membros sentiam que alguma coisa antiga havia despertado nos desertos da Rússia, mas poucos conseguiam descobrir.
   Nas Noites Finais, Baba Yaga encontrou o seu fim com as presas dos Nictuku, os espantosos monstros de lendas dos Nosferatu. Sem sua presença, a Camarilla e o Sabbat disputam a influência sobre a Rússia, ambos ansiosos por usar os recursos das pessoas para seus próprios propósitos. Territórios antigos do clã Tzimisce alinhados com a Liga Oradea e sua linha de Aparições mais jovens dos Oprichniki, dos quais se apegam a propriedades antigas, enquanto Ventrue, Toreador e Brujah brigam entre si pelo controle sobre as cidades. Gangrel e Ravnos vagueiam pelas florestas, e muitos Nosferatu que descem da Bruxa têm suas tocas sob as cidades.




   A Rússia é o antigo lar dos Presas de Prata, cujas linhas de parentes podem ser rastreadas até as primeiras tribos humanas. Os Presas de Prata Russos contam sagas épicas sobre lutas contra os dragões Zmei e o demônio Koschei, o Imortal. Os Presas de Prata costumavam ter muita influência sobre os assuntos na Rússia graças à sua conexão com a linhagem real por meio de seus parentes, mas enfrentavam a concorrência na forma de Andarilhos do Asfalto e agentes magos da Nova Ordem Mundial. Quando a revolução chegou, os Roedores de Ossos apoiaram os servos, embora eles rapidamente retirassem seu favor após o envolvimento vampírico se tornar público. Após a ascensão de Stalin ao poder, a influência da Wyrm começou a crescer até estar profundamente arraigada para ser desalojada.


   Cada tribo tem pelo menos uma seita na área da antiga União Soviética, e muitos deles têm mais. Hoje, há quase mil Garou espalhados pela terra, das fronteiras ocidentais da Polônia até a beira do Mar de Bering. As tribos mais populosas são as Presas de Prata, os Roedores de Ossos, os Andarilhos do Asfalto e os Fenris. Outras tribos são os Wendigo e Uktena no Oriente, os Senhores das Sombras e as Fúrias Negras no Ocidente. Os Garras Vermelhas costumavam ser uma das tribos mais numerosas, mas foram dizimados recentemente pelo pogrom contra lobos cometidos pelos soviéticos.
   Os Filhos de Gaia foram banidos das fronteiras russas após o fracasso em interromper os testes nucleares, e apenas alguns Peregrinos Silenciosos ou Fiannas se perdem na flora russa. Dançarinos da Espiral Negra prosperam no ambiente poluído de usinas nucleares e muitos se voltaram para o serviço de Baba Yaga durante sua atividade.


   Um fenômeno interessante da tundra siberiana é o Siberakh, uma tribo Garou nativa exclusivamente da Rússia, que segundo rumores é uma mistura de ancestrais Silver Fang e Wendigo. O Siberakh recusou todo o contato com a Concordata Ocidental, preferindo ficar sozinho. A Fera nativa da Rússia é um pequeno enclave de Khan na Sibéria, numerosas colônias de Corax e Ratkin sob as cidades. Rumores contam sobre os antigos Gurahl que se encontram estáticos no extremo norte da terra.



   Originalmente, muitos magos na Rússia praticavam xamanismo e rituais similares. Quando Baba Yaga abriu a porta para o cristianismo na Rússia, exibindo um ato de vingança contra sua rival do clã Ravnos Durga Syn, o Coro Celestial aproveitou a oportunidade para consolidar seu poder na pátria. Ao longo dos séculos, a igreja caçou os Volshun, os antigos adoradores da Terra, muitas vezes com a ajuda do Coro. Ao longo dos séculos, magos do coro dentro da igreja russa caíram em desgraça com muitos outros das Tradições. A igreja russa manteve um forte controle sobre os Tzares, e o Coro guiou sua visão da Ascensão através das mãos dos governantes. Embora o campesinato fosse oprimido, eles permaneceram fiéis à igreja e sua fé prosperou. Através de diferenças de doutrina, uma longa disputa com a Ordem de Hermes, e a arrogância que veio com o seu poder, o Coro Russo cortou seus laços com as outras Tradições fora da Rússia, enquanto caçava os Volshun Sonhadores e Verbena vednas ou bruxas. Dentro do país, essas atividades não tornaram o Coro Russo popular entre as Tradições como um todo.
   Pedro o Grande abriu o caminho para a tecnocracia. Com Peter veio a Arqui-Guilda, uma versão mais antiga do Sindicato, e o Círculo Hipocrático, precursores dos Progenitores. Enquanto o Tzar colocava os cientistas à tarefa de atualizar a Rússia, os tecnocratas fizeram sentir sua influência. Do outro lado da terra, o Paradoxo se infiltrou em bastiões de poderes mágicos outrora seguros. Embora os magos pudessem manter sua influência no século 20, o poder do Coro diminuiu enquanto os Tecnocratas cresciam cada vez mais fortes.

   Baba Yaga escravizou os magos ou os matou, quebrando o domínio tecnocrático sobre a terra. Isso levou a várias alianças improváveis ​​entre tecnocratas e tradicionalistas, que procuravam matar a antiga fera que havia surgido.




Partes ocidentais da Rússia fazem parte do amontoado de ligas e uniões chamada de Confederação Galática, que rejeita o governo nobre após o ressurgimento, tomando a preferência de ser governada por plebeus. Dada a situação sombria de muitas cidades, no entanto, é difícil encontrar quantias de sonhar em Glamour e além disso, os Arruinados ameaçam os Changelings nativos. A banalidade está sempre presente e muitos dos Changelings mais delicados partem para outras partes da Confederação.
   As florestas intocadas da Rússia central e da Sibéria, no entanto, são o lar de vários Inanimae, que optaram por não se juntar a nenhuma facção da sociedade Changeling. Eles estão, no entanto, sob constante ameaça por parte das companhias mineradoras e madeireiras, que querem colher os recursos da natureza russa.




   Os Kuei-jin têm contos das terras congeladas da Sibéria e os monstros impuros que os habitam. Embora a presença Kuei-jin seja negligenciável na melhor das hipóteses, os Ancestrais do Quincunx, membros particulares do Dharma da Garça Resplandescente, contemplam o Grande Salto Noroeste, a fim de investigar o desaparecimento do fenômeno da Cortina Sombria e arrancar os Kin-jin que se escondem lá.




   A Rússia é o lar de Bezariel, um Terrestre que não tem um Relicário fixo, mas está ligado à magia inerente da pátria. Bezariel foi convocado por Baba Yaga para atuar como comandante de espíritos escravizados em um de seus exércitos. Quando a bruxa foi morta, Bezariel fugiu para São Petersburgo, onde dominou os Caídos que primeiro derramaram as rachaduras no Abismo, após o impacto do Sexto Grande Redemoinho.


   Outros Caídos chegaram na Rússia, organizando-se em tribunais. Enquanto São Petersburgo está razoavelmente nas mãos de Bezariel, sabe-se que Moscou e Belgrado formaram com sucesso Tribunais, e outros caídos são suspeitos de se esconder dentro da população.