Crônica 1 - O novo Jiraiya

O dia estava ótimo, tempo firme, calor e tudo calmo... Até certo ponto. No restaurante onde um garoto chamado Toha trabalhava, uma fila de clientes esperavam para entrar e almoçar. Um grito seria ouvido por todos da fila e de dentro do estabelecimento.
-TOHAAAAAA!!!! HOJE ESTAMOS LOTADOS! VAMOS AFIAR ESSAS FACAS E ACELERAR!!!! -Gritou o chefe do rapaz, quase no ouvido dele. Era um ótimo chefe, bom e honesto, porém adorava gritar, e sua voz era forte e estrondosa. Ele era bem forte e mais alto que Toha, além de ter por volta dos 40 anos. Naquele dia por alguma razão muitos ninjas foram lá para almoçar, algo fora do costume e que o rapaz ainda não havia visto, porém já era notado que depois que passou a cozinhar ali, a clientela deu uma leve melhorada. No balcão, vários papeis com os pedidos, e na cozinha os equipamentos funcionando em intensidade máxima; todas as bocas dos fogões sendo usadas, o calor grande lá dentro, o vapor das panelas subindo e em cada uma, um talher diferente. Ele tinha um assistente, que estava completamente perdido correndo de um lado para o outro tentando ajudar apressadamente e suando.

imagem do restaurante:

O dia acabou sendo bem agitado para Toha e a equipe, sendo que haviam gritos a quase todo momento do chefe, além de pedidos e mais pedidos, o garoto novo que auxiliaria estava bem perdido, e mesmo com o incentivo do mais velho, ele ainda corria de um lado para o outro fazendo diversas coisas ao mesmo tempo e ainda colocando os pratos na bancada para o garçom levar à mesa. A fila parecia que nunca acabaria e pode-se dizer que quase todo o menu fora pedido em um único dia, porém um prato saiu em maior quantidade: o ramen. Assim que os pedidos foram diminuindo de ritmo, a equipe também foi e o suor era uma das coisas mais normais nas faces esgotadas de todos, porém o sorriso de satisfação dos clientes seria recompensador. Assim que o ultimo cliente pagou e saiu, o chefe fechou as portas e se virou com as mãos na cintura. -PARABÉNS À EQUIPE PELO DESEMPENHO!! -Gritou como de costume, chegando perto dos três rapazes que trabalharam duro os abraçando num abraço só, suado.

ajudante da cozinha:

garçom:

-Ittai Jiyaku-san... -Reclamou o garoto de cabelos rosa desbotado fazendo cara de nojo para o suor todo. -Vocês são muito frescos! Precisam aprender a comemorar, e nossa! O que foi isso? -Disse soltando os garotos enquanto soltava o ar relaxando a musculatura. -Teve muita gente... Parece que gostaram da comida do senpai... -Disse o ajudante olhando para Toha com um sorriso ameno. -FIZERAM UM ÓTIMO TRABALHO MENINOS!!!! -Gritou e se afastou entrando num escritório ao lado da cozinha. O garoto de cabelos rosas suspirou e começou a arrumar as mesas do restaurante, passando pano em cada uma para depois colocar as cadeiras com o assento virado pra baixo em cima.

O rapaz de cabelos rosa apenas ficou mais sem-graça antes de se afastar para organizar o local, enquanto que o ajudante da cozinha ai junto com Toha para lá arrumar. A bagunça estava grande, mas conseguiriam dar conta de tudo em 1 hora, louça lavada, panelas em ordem, fogões limpos, chão limpo, pia organizada e dedetizada. Assim que saíssem, veriam o salão limpo e organizado, as mesas nos devidos lugares com as cadeiras de cabeça pra baixo em cima, chão limpo e cheiroso e as luzes apagadas. Somente a sala do chefe estava iluminada, mas se fossem para a porta de saída estaria destrancada. -Então, até amanhã senpai. -Disse o garoto cujo o nome era Riyoho. Ele foi até a porta, abriu tocando aquele sino, e caiu noite a fora de volta pra casa. Toha poderia fazer o mesmo, seu turno havia acabado. Ele não saberia dizer, mas sentia que algo ali estava estranho.

Toha se despediria de seu companheiro de trabalho e voltaria para casa atravessando as sombras da noite, se aproveitando delas para se ocultar. Por algum motivo estava com uma pulga atrás da orelha, porém esta seria só uma sensação, ele chegaria no templo sem problemas ou intervenções. Ele poderia ver os ninjas em guarda em seus postos, protegendo a vila durante a noite, mas ele conseguiria passar desapercebido, ao menos era o que ele achava. Assim que chegou na ultima árvore próxima do templo, uma churiken passou na sua frente fincando na madeira. -Ee... Achou que passaria desapercebido por mim? -Disse um rapaz que Toha reconheceria a voz como sendo de Konjo. Ele trabalhava em um dos postos noturnos, e agora estava ali, parado à sua frente com a ninjato na mão e a face coberta pela mascara.

foto: