Faculdade

Parecia que nos separaríamos ali, após uma ligação ele fez uma reverencia se despedindo e se apresentando com o verdadeiro nome, o que me deixou um tanto surpreso. -Iie, kochirakoso. -Assim que terminei de falar ele me puxou pra um abraço, me deixando ainda mais surpreso, mas aceitei tal demonstração de afeto, algo que era difícil sem querer ter algo em troca. -Ganbaro. -Desejei sorte a ele, conforme ia embora. Nisso pesquisei um pouco sobre as espadas bastardas da idade média ocidental, era bem diferente das corriqueiras katanas, até na maneira que eram feitas. Suas técnicas de combate também eram bem diferentes, a postura era mais bruta e até os movimentos mais robustos, algo bem diferente das técnicas orientais, onde era fluido e tinha toda uma espiritualidade em torno da katana. Aproveitei que Onuris já tinha ido e peguei o computador ao lado, passando a desmontá-lo pra estudar seus componentes internos. Era deveras interessante, e sua funcionalidade era semelhante ao corpo humano.

Engajado na tecnologia, e curioso com sua história, passei a pesquisar sobre o início dela, quando exatamente ela começou e me surpreendi ao descobrir que ela iniciou com o fogo. Não achava que o fogo seria considerado tecnologia, mas parando pra pensar, se o homem não tivesse descoberto isso, a tecnologia jamais teria sido inventada, mais ainda, o humano não teria sobrevivido na Era das Trevas. Depois vieram as ferramentas de pedra, a roda, os cálculos, as pirâmides que até hoje eram o marco dos mistérios criados pelo homem. Tecnologia em si não devia ser considerada somente aparelhos eletrônicos... Passei a remontar o computador que tinha desmontado, claro que dei uma mexida ali e acolá, e nisso um guarda veio tirar satisfações. Provei a ele que o computador estava melhor que o anterior em questão de desempenho, e acabou que fiquei lá aprimorando as máquinas. Quando terminei, pesquisei sobre a arma mais antiga do mundo, e adivinhem, era muito bizarra e interessante. Essa arma era uma espada que era tão flexível que podia ser enrolada na cintura como se fosse um cinto! Era uma espada de dois gumes, e sua especialidade era se movimentar de maneira desprevenida, porém só pessoas com habilidades especiais conseguiam usá-la perfeitamente. Seu nome era Urumi, e ela tinha em média de 3 a 5 metros de comprimento. Parei de ler olhando pro teto, cara, como seria manejar uma espada dessa?

Já tinha terminado meus treinos de história e armas brancas, agora faltava só terminar a tecnologia e pra isso me dirigiria pra um laboratório tecnológico. Queria inventar algo e pra isso precisava de equipamentos, eletricidade e placas. Pra minha sorte lá tinha tudo o que eu precisava e comecei apertando alguns parafusos, montando algumas estruturas, e projetando o software de uma placa, que seria o protótipo da IA. Não demoraria muito pra um pequeno robô ser criado, era do tamanho meu tamanho, mas ele estava ali, e funcionava, falando comigo e obedecendo ordens básicas. voltei a programá-lo, precisava aprender mais uma coisa, e baixei um pacote de defesa pessoal pra ele me ensinar. Nada como algo mais interativo. Logo ele iniciou movimentos básicos de defesa contra facas, e o inimitei, como um espelho. Uma postura após outra, e quando algo estava errado ele me avisava. Era algo não muito diferente do que eu já sabia de luta, não sendo muito difícil acompanhá-lo.