Arco 2: A ascensão - De volta pro Japão

-Não acho, por isso a estranheza. Pra que ele está interessado em servos? Ele podia ter me dado qualquer outra coisa. -Disse achando realmente estranho aquilo. Assim ele contou sobre os outros efeitos colaterais. -Eee!! Que nojo!! -Comparar minha atração com Saori sendo com Caim foi deveras brochante e nojento, me fazendo ter tremeliques. Ele parou de andar e desembainhou sua ninjato no mesmo momento em que a mulher voltava a falar, desta vez avisando sobre inimigos se aproximando. Nisso também desembainhei minha katana, me preparando pra outra batalha que estava por vir. Akane sofria uma leve mutação e seus olhos brilhavam escarlate enquanto nos olhava.

Ações escreveu:

Preparatória escreveu:

- Poder do Sangue (Duração) Rank D
Um vampiro aplica o poder vital que extrai do sangue para se fortalecer.
Bônus: +20 Velocidade e +15 Reflexo
Custo: 35 SP para ativar na primeira ação, 1 SP a cada subsequente ação.

8 ataques

Masako Sun efetuou 8 lançamento(s) de dados (D10.) :

4 , 3 , 4 , 2 , 1 , 1 , 7 , 8

(+)7 PRE enquanto estiver usando uma Espada (Não-inicial)

8 esquivas

Masako Sun efetuou 8 lançamento(s) de dados (D10.) :

5 , 9 , 1 , 6 , 4 , 1 , 6 , 4

Habilidades ativas:

Complementos escreveu:

- Boa Memória: (-2 Pontos)
- Caçador da Noite - Ótimos Sentidos

- Percepção da Aura (Passiva - Interpretativa) Rank E
Usando esse poder, o vampiro pode perceber auras psíquicas que se irradiam de mortais e de seres sobrenaturais.
Malus: Ocupa dois espaços de habilidades
Efeito: Permite ver seres sobrenaturais e sentir presenças.

Nosso inimigo saltava entre as árvores até avançar contra nós e eu tive a reação mais rápida, interceptando-o. Ele era bem estranho e assim que minha katana foi de encontro a ele, senti a dureza de sua arma ao ter a vibração da lâmina em minha empunhadura. O machado dele saía de sua mão, e sua estrutura corporal era bem estranha... Tentei mais alguns golpes, todos sem muito sucesso e em um que avancei com mais força do que pretendia, em sua defesa minha espada se quebrou fazendo-me arregalar os olhos sem qualquer outra reação. Senti meu corpo se rasgar, quando percebi tinha sido cortado pelo machado daquele ser, duas vezes além de uma sequência de dois socos que me fariam tombar ao chão. Eu sentia meu sangue escorrer pra fora de mim, como a água flui entre as pedras, além da dor que me fazia buscar ar mesmo sem precisar respirar. Minha cura demoraria pra recuperar meu corpo daquele estrago todo, e mesmo com minha vista embaçada, consegui notar que Angel também estava em apuros, assim como Akane, apesar dela estar se dando melhor... Ele caiu também... Kusso... Esse bicho... Parece com aquele gárgula de carne da catedral... Tzimisce de novo? Szlachta... Angel falava pra eu fugir, mas quem dizia que meu corpo se movia? Minha consciência... Minha visão piorara, agora tudo estava turvo e meus sentidos ficando fracos como se eu fosse dormir. Não demorou pra que não visse ou sentisse mais nada.

Habilidades ativas:

Complementos escreveu:

- Boa Memória: (-2 Pontos)
- Caçador da Noite - Ótimos Sentidos

- Percepção da Aura (Passiva - Interpretativa) Rank E
Usando esse poder, o vampiro pode perceber auras psíquicas que se irradiam de mortais e de seres sobrenaturais.
Malus: Ocupa dois espaços de habilidades
Efeito: Permite ver seres sobrenaturais e sentir presenças.

Nada... Era tudo o que existia dentro de mim... Ou seria aquela sensação novamente de vazio? Era impossível não me lembrar de minha morte humana, da sensação do corpo desfalecendo aos poucos, da fraqueza e da fragilidade humana. Afinal o que éramos? E o que continuávamos sendo? Nada mais que pó. Até mesmo os vampiros, tão fortes... Viravam pó. Minha consciência ia pra algum lugar além do vazio, um local desconhecido e sombrio. Chinmoku… Yami… Kodoku… Kuro… _{(Silêncio... Escuridão... Solidão... Preto...)}

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Algo voltava a clarear, como uma ideia ou uma imagem de algo e quando percebi meus olhos estavam abertos novamente e a imagem do lugar onde estava ficava mais nítida, além do conforto o qual me relaxava. O quarto era bonito, bem requintado no mínimo que notava, mas não o reconhecia... Onde...? Meus olhos vagavam com mais liberdade pelo cômodo e as lembranças do que havia acontecido frescas na cabeça. Assim que notei alguém sentado numa poltrona próxima, meu corpo se levantou num impulso pra depois cair na cama. Kurogane?! Estava pesado ainda... O homem falava comigo, obviamente notou que acordei... E só ai notaria algo ligado à meu braço, um fino tubo vermelho e seguindo ele um saco de sangue pendurado num suporte pra soro. É... Eu havia perdido muito sangue... Com a mão livre tateei meu corpo em busca dos ferimentos e não senti nada. Soo... Minha katana quebrou... -Onde estão Angel-san e Akane-san? Perguntei ainda um tanto atordoado em como eu estava ali. Como ele? Por que logo ele? Senti que minha voz estava um pouco fanha, secura talvez... -Quanto tempo faz? O que houve além do que eu já sei? -Não sabia ainda o que acontecia ali, se ele tinha realmente me ajudado ou se tinha sido capturado pela Camarilla e ele estava só me deixando confuso com sua falsa ajuda. Por que ele se importa com minha espada...? Ou está feliz com o fato de eu ter desperto? Não faz o menor sentido... Não somos amigos, nem conhecidos direito. Não sei nem se somos inimigos ou aliados. O fato dele ter matado Sasaki não o faz um aliado ainda... Apesar da satisfação de Saori-sama. Tchi, droga... Eu tinha que ter ido até ela... Forcei ficar sentado na cama. -Preciso ir até Saori-sama... -Murmurei sério sentindo o pesar do corpo atrapalhar. -Tchi... -Retiraria o tubo da minha veia e pegaria o saco na mão pra mordê-lo logo e terminar com aquele sangue. -Arigatou. -Diria mesmo contra vontade pelo resgate.

Algo... Seria Akane-san? Se não me engano antes de desacordar eu ouvi os ossos dela se quebrando e sua forma mudando, mas... Não sei dizer o que era. Ainda sim ele não me respondeu sobre o paradeiro de Angel ou dela... Eu havia dormido de mais... Eram seis da tarde, o que acabava por atrasar tudo. Será que Joe ainda estava lá me esperando? Duvidava disso, mas certamente estaria uma fera. -Ouso muitas coisas sobre o Sire da minha Sire. -Falei ouvindo o resto do que ele queria me dizer, terminando de beber o sangue do pacote e o pendurando de volta no gancho. -Tenho uma ideia que ela tenha muitos inimigos, mas também imagino que ela não se ajude muito a criar laços, começando pelo próprio Sire dela e o fato dela ter transformado o namorado da princesa das raposas. -Comentei olhando pra parede à frente. -Ela sabe sobre os Makai Kishis, um deles estava próximo de nosso ultimo local e também estou a par do novo Garo e de uma informação que ainda não tenho certeza se ela já está a par... Na verdade me deram um recado pra ela, e creio que você possa saber quem é. "O verdadeiro príncipe está chegando no Japão." -Repeti as palavras do Nosferatu. -Então Sasaki não era um príncipe, era só um metido a reizinho da Camarilla. Quem é o verdadeiro Príncipe? A Camarilla Ocidental também está visando ela e algo me diz que vão vir com tudo. -Olhei sério pra ele ao perguntar e depois respondi suas perguntas. -Eu cortaria qualquer um que ousasse encostar nela. Estou vivo graças a ela, sou a espada dela e se eu precisar matar pra ela ou protegê-la, estarei fazendo minha função. Sei que ainda sou só um Neófito, não posso desperdiçar minha vida ou não estarei fazendo nada por ela, então já que não sou forte pra algumas lutas, usarei a cabeça pra vencê-las por ela. Mas não é como se eu tivesse tempo pra me fortalecer. -Responderia ainda o encarando firme sem se quer pensar no que dizia. Podia ser o que Saori falara, no início é tudo muito forte, nosso sentimento pelo Sire. -O que quer com essas respostas? -Perguntei, eram estranhas e certamente haveria algo por trás delas.

Ele fez somente um "hum" depois de ouvir tudo o que eu tinha pra dizer e estreitei os olhos o olhando, mas logo voltei ao normal ao ouvi-lo falar. -Um "garoto qualquer" não se mataria pra tentar salvar uma garota de um suposto estuprador. -Falei logo em seguida, ainda o observando, mas ainda sentado na cama. Ele se levantou e pegou um embrulho comprido, e assim que me entregou vi que era uma katana. Era bela e eu sentia uma aura saindo dela, familiar até. Estava surpreso com aquilo e tirei os olhos dela pra voltar a olha-lo. -Onigatana... -Murmurei ainda surpreso com aquele presente vindo dele, mas assim que caiu a ficha me curvei sobre a espada. -Arigatou gozaimasu! -Precisava de uma arma nova, minha katana dada por Saori havia quebrado na ultima batalha. Era bom ouvir que ele estaria do nosso lado e que protegeria o Japão desses idiotas. -Você comentou sobre sua convicção... Qual seria? Eu sei que Saori espera algo de você, vi como ela ficou depois do que aconteceu naquele auditório. Assim como percebi que estou tampando um lugar que deveria ser seu. Então... Darei tudo de mim pra te superar e fazê-la esquecer do que seja lá o que tiveram e deu errado. Apesar disso estou aliviado e feliz que não seja um inimigo como eu pensava. -Falei a ultima frase sorrindo aberto tentando ficar em pé. Seria bom me recuperar logo pra poder encontrar Saori e dar o relatório da missão no Brasil e contar o que aconteceu no aeroporto. Nisso procuraria pelo celular pra ver se tinha algo nele, e se estava funcionando, ao menos eu saberia concertar qualquer coisa...

Continuei olhando pra ele conforme ele me respondia as perguntas, também fixo em mim. Ele não usava nenhum tipo de disciplina, mas o jeito dele falar e explicar era quase hipnótico, mas era o olhar de um guerreiro samurai da época antiga. Logo ele voltou a falar sobre Saori, alegando que ela não estava mais lá e que havia sido atacada. Isso me fez levantar uma sobrancelha e apertar a bainha da katana. -Não acho que isso vá intimidar os ocidentais... Eles tem hacker's a serviço deles, e hoje o que mais temos hoje é tecnologia e internet... Shinsengumi? Ainda existem? -O mínimo de história que eu soubesse era claro quem eram, um antigo grupo de samurais que trabalhavam para o xogunato com o objetivo de manter a ordem de Kyoto na época de Bakufu. Uma tropa especial... Kurogane caminhou para a porta do quarto e abriu a porta dizendo sobre um laboratório... Afinal quem é Kurogane...? Ele tem um laboratório dentro da própria casa? Segui ele pelo caminho até lá enquanto dizia sobre a relação que ele e Saori tiveram, algo que lá no fundo eu sabia, mas não podia deixar de sentir certo ciúmes. O que ele dizia batia com o que eu já havia percebido do descontentamento dela ao tocar no assunto referente a ele, e na satisfação dela ao vê-lo se "rebelar" contra Sasaki. -Devo entender que isso tudo compilou nela diablerizar o próprio Sire? Ela fazendo isso, você não acha arriscado ele voltar através dela? Pelo que eu sei é um pouco perigoso diablerizar outro vampiro de geração acima, não? Como podemos saber se isso já não está acontecendo com ela? Tem como impedir? -Perguntei ainda preocupado com aquela informação, mas ele saberia me dizer e esperava que me esclarecesse aquilo. Estávamos num corredor, e nele haviam muitos quadros. Tantos que eu nunca sonhei em ver em um só corredor. Alguns eu conseguia reconhecer; Saori. Em várias posições e roupas diferentes, porém haviam outras mulheres que eu não reconhecia. -Esses quadros... Posso saber quem são? -Perguntei curioso enquanto olhava pra eles enquanto seguia o caminho.

Kurogane me explicava mais sobre os shinsengumi, e era surpreendente que seus membros fossem seres sobrenaturais empenhados a conter o próprio sobrenatural, e mais, ocultar dos olhos humanos. Nós descíamos uma escadaria com mais e mais quadros. Ele realmente pintava com frequência ou eram quadros de toda a idade que ele deveria ter. Além disso ele respondeu minhas dúvidas quanto à diablerie, me deixando mais preocupado ainda... Eu não conhecia Saori tão bem assim pra saber se ela estava tendo esse efeito rebote da diablerie, seria bem difícil saber, mas eu também não queria tramar a morte final dela. Deveria ter outra opção. Quando chegamos no final da escada, um homem esperava Kurogane como uma estátua e pelas suas vestes eu diria que era um mordomo. Logo ele se pronunciou, avisando-o de algo, comentando sobre dois nomes e um local. Sua próxima explicação me deixou mais pensativo ainda, de fato eu havia presenciado as três faces de Saori, a amável, a dominadora, e a juíza... Ela era amável com Himiko até que ela aprontou aqueles assassinatos e foi dada a ordem que eu a matasse... -Talvez de fato nosso coração seja o órgão dos sentimentos, ou talvez uma parte de nossa alma se perca quando voltamos após a morte? -Pensei alto, era difícil não acreditar em almas depois de tudo o que vi e vivi, mas fiquei brevemente envergonhado por ter dito aquilo baixo, afinal ele teria escutado. Cuidarão de tudo...? Oque? Tinha mais coisas ali, eu podia sentir... Quem seria Cérberus? Será que ele tinha um cão de três cabeças gigante?? -Seus quadros são ótimos, dá pra sentir a essência delas. -Comentei pelo fato de algumas terem me arrepiado de alguma forma enquanto ele me encarava com aqueles olhos vermelhos penetrantes. Provavelmente se eu não fosse um vampiro estaria sentindo muito medo... Não que ele não me deixasse receoso. -Kurogane-san, o que aconteceria com um vampiro de quarta geração tomar pequenas quantidades de sangue de um vampiro de primeira geração? -Já havia conversado sobre isso com Angel, mas precisava de mais informações, só não dava pra eu dizer sobre Caim... Angel já sabia o que eu havia feito, mas isso não precisava acontecer ali. Dependendo do que eu descobrisse, iria ter que conversar com Caim e saber seus motivos pra aquilo e saber por ele se aquilo tudo de fato aconteceria com ele... Afinal pela história toda, ele puniu as crias de suas crias, as amaldiçoando. E se por ser ele não tivesse aquele efeito colateral ou ele pudesse fazer um de nós como primeira cria dele? Eu precisava de mais respostas, afinal de contas ele era o primeiro e havia me explicado muitas coisas...

Ele estreitou os olhos pra mim e levantei as mãos num sinal que ele não precisava se alterar. Logo ele iniciou uma explicação com base no que perguntei, era realmente tenso, ainda mais do jeito que ele dizia sobre traição e meus ideais pelo sangue de Caim. -Se o que eu disse coincide com nossa situação? O que eu disse que faria isso? -Perguntei sem saber ao certo do que ele dizia, mas ele prestava atenção nos mínimos detalhes no que eu dizia, calculando em cima de tudo, o que eu precisaria ficar atento... Ele mudou nosso rumo, do laboratório para a sala de jantar, o que me fez ficar pensativo quanto ao que havia no laboratório de tão importante pra que ele decidisse aquilo. Assim que chegamos, passando por mais alguns quadros desta vez dos que pareciam morar ali, uma mulher estava sentada formosamente em uma das cadeiras, ela se vestia com um vestido de gala enquanto que um homem mais afastado usava somente um hakama surrado. Logo Kurogane se dirigiria a ela Denka? Ela é da realeza? Nisso a reverenciei. -Dozo yoroshiku. -Disse ainda sem saber o que fazer, mas permanecendo curvado. Eu nunca tinha ficado na frente de alguém da realeza, tirando Saori. -Na verdade Saori-sama tinha transformado uma garota, mas ela não aguentou. -Comentei ainda de cabeça baixa e ficaria assim até que ela dissesse pra que me endireitasse.