Em um ato final Robert começou a adicionar gestos com seus braços e mudar sua passada de maneira a enfatizar certas palavras, pondo peso em sua intonação e criando uma figura mais respeitável e admirável para si mesmo, assim podendo atuar como um líder e descobrindo um pouco sobre atuação que poderia tira-lo de alguns problemas caso ele precisasse enganar seus inimigos. -Acredito que tenha dominado a arte, ao menos em parte, não sou la um grande ator, mas acho que posso me virar caso eu tenha que.
Dito isso ele foi embora.
Prática de Relacionamento - Liderança Prática Artística - Interpretação de Papéis 8->10
Devolta ao auditório Feevale, a donzela que esteve mestrando a arte das cordas durante anos, procura atuar em algo que as irmãs e nem si mesma tinham pensado antes, a arte das teclas. Ximeerra dá de encontro com um deslumbrante piano, tão preto quanto seu vestido atual. Disponível à sua vista, confortou-se em seu assento, passando a compreender sobre a linguagem do instrumento com a apostila de notas apoiada acima das teclas tampadas. O material apresentava os básicos ilustrativamente de como manusear pianos e até mesmo teclados. Ansiosa, a mulata começa a teclar nota por nota, consequentemente maravilhada com seus soares.
Apesar de já ter ouvido o som de instrumentos musicais variados atravésde outros músicos locais, se sentiu eufórica com o ocorrer de tal melodia rústica e clássica sair de sua autoria artística. Prossegue com o seu entusiasmo replicando as sequências de notas sugeridas pela apostila para direcionar o mais próximo de uma música. Com sucesso, Melena estala os dedos e suspira, ainda percebe que o mesmo exercício é sugerido também para um teclado, apenas com uma mecânica diferente. Com uma simples virada de pescoço, avista um teclado recém usado. Sem delongas, apressadamente assenta-se e reproduz o mesmo teste feito no piano.
Um leve deja vu que faz Ximeerra sentir a magia das teclas novamente, com um enorme diferencial. O material declarava a anatomia dos dois instrumentos, e apontando que o piano é um instrumento acústico, enquanto o teclado era inteiramente eletrônico. Apenas na prática que a musicista sentiria isso, por mais que o teclado estava configurado para soar exatamente como o piano. Melena continua a experimentar com as sequências, agora recordando os dois instrumentos lado a lado e fazendo notas quanto aos timbres. Folheando a última página básica da apostila, são disponibilizadas canções clássicas de teclas para os curiosos praticantes.
No conteúdo da apostila, exemplos de autores clássicos como Mozart e Beethoven são citados, inclusive suas obras. A musicista explora a história saturada do piano como um álbum, e instruções sobre o teclado também são apresentadas para serem tocadas de diversas maneiras e sonoridades. Ximeerra para entre as trilhas sonoras de Chopin, fisgada pelos títulos das músicas, decide reproduzir um número delas com o piano e repetidas formas com o teclado, variando do tradicional piano até baterias tocadas eletrônicamente pelo instrumento. Havendo facilidade nas teclas, mas dificuldades em concatenar o seu talento no que deveria soar um instrumento de sopro e um de batida em um misto.
Ximeerra se encontra devidamente frustrada em não suceder automaticamente na prática dos dois tipos de instrumentos, mesmo que estejam tecnicamente artificiais. Desertamente sozinha no salão, de repente surge uma figura alta e um tanto familiar ao lado da musa, um corax, carregando um acordeão. Originário de gaios-azuis, se chamava Jericho Trunn, estrangeiro, e mesmo crinado, esteve serene observando Melena praticar, sem esbojar qualquer ruído. Gesticulava curiosidade e paciência, insistindo que a gaúcha continue seu afazer. Ainda sentindo-se inusitada, sente também seu orgulho ao perceber que poderia ter obtido um admirador, e prossegue com a sua prática sem mais delongas. Depois de uma hora de reproduções no piano e teclado, Jericho salma suas palmas entre suas penas, e apresenta um experimento sonoro de seu acordeão, demonstrando sua mecânica acústica e mista. Assim o corax entrega seu instrumento para Ximeerra, declarando que desejava instruí-la no estudo do mesmo. Lisonjeada, também percebe que o homem mestrado à sua frente é mudo, e sem uso de palavras, toma o instrumento para estudar o que costuma chamar de 'sanfona'.
Quase entrando no mundo adulto pela idade, e mais um dia no auditório Feevale, dessa vez com o intuito simples e entusiasmático por parte de Ximeerra para aprender a dançar. Acompanhada por seu pai, Marques Graça, do qual teve a boa vontade de conduzir sua própria filha no dia de valsa do salão. Ambos são recebidos de forma calorosa e e Melena é sugerida em observar a coreografia da dança para buscar reproduzir os passos logo após. Atenta com a forma que a senhora à sua frente é conduzida pelo peão, volta o olhar ao seu pai após o casal pedir a tentativa dos alunos. Marques sugere um desafio único, ao colocar um par de óculos escuros sobre os olhos de sua filha. - 'Cê também precisa aprender a ficar por cima do galho. Não deixa os óculos caírem! Rodopia pra eu ver! - Mestra sua filha, da qual obedece com um giro em 360, voltando em posição quase derrubando o par, porém ainda escondendo os olhos do público.
- Que prenda torta! Empina o nariz e vamos, eu não quero ver seus olhos nessa prática! - Provoca Melena após perceber que quase derrubou o par de óculos. A jovem reage com uma face contorcida de leve raiva, mas prossegue pedindo a condução de seu pai. Com uma dupla de peão e prenda, formada por pai e filha, a dança atuava de forma conotativamente casual, com passos leves e rodopios lentos. O pai prestava atenção em todos os movimentos bruscos da filha, inclusive quando a mesma pisava no seu pé acidentalmente. Melena seguia o fluxo dos movimentos de Marques guiarem os seus, mantendo seu equilíbrio e erguendo seu queixo avistando o rosto alto de seu pai, ainda escondendo sua expressão frustrada com os óculos ainda firmes.
- Essa postura tá boa, mas pode melhorar, começando com você parando de pisar no meu pé! Tô vendo que tá apertada! - Continuava a instruir Ximeerra arduamente, como sua filha esperava. Os professores dançarinos observavam a dupla e aconselhavam a jovem em cada passo que fazia, incentivando-a em cada acerto também. O ritmo da dança é refletida nos vestes azuis longos de Melena, com a saia avoando do vestido enquanto a velocidade aumentava. Marques desafiava Ximeerra com mais rodopios dentre os passos, e a moça respondia erguendo o queixo forçadamente e cada vez que previa qualquer movimento rotacional e mantendo os olhos cobertos.
Ao finalizar da dança, Marques sauda sua filha pelo sucesso em manter seu olhar escondido e principalmente em ter cumprido a dança devidamente, visto as palmas e palavras dos instrutores. O casal de professores então clama o ritmo de festa, com os músicos exercendo sua função. Sanfonas, tambores e outros instrumentos de fundo são tocados, assim juntando o restante dos alunos a voltarem com o ritmo normal da aula atual. Os instrutores continuam em seu posto, enquanto todos reproduziam suas coreografias ao soar da trilha. A dupla de pai e filha reproduz a dança anteriir agora com Melena tendo completa maestria sobre os passos e o equilíbrio, com o ofuscante azul de seus olhos completamente negros sob os óculos, invisíveis contra a visão do peão. - Algum dia a senhorita ainda vai melar a cueca de um guapo com esses quadris... Isso é orgulho do pai que fez vocês três como obras de arte! - Suspira bravamente pela performance da filha. - Ah papito, é porque 'cê nem imagina depois do que eu vou fazer aqui depois de amanhã! - Exclama risonhamente, com um rosto reto e empinado, sem um trisco sobre seu disfarce.
Dois dias se passam após o dia de valsa do estabelecimento Feevale, sendo a audição atual com o estilo flamenco. O salão é coberto de vermelho pelos instrutores e alunos, e Ximeerra vestindo a cor tradicional com detalhes pretos e cabelo preso em um coque. Todos observam a instrutora declarar a coreografia do dia, e estabelece que a análise de performance será individual. Na vez de Melena, empunhe um leque negro, com o desafio de manter seu rosto de nariz abaixo coberto durante a dança. A moça reproduz a coreografia de forma lenta e equilibrada, com movimentos precisos e usufruindo de seus quadris com requebradas entonando sua sensualidade para a turma, e posicionando o leque sobre seu rosto em todas os momentos que o público veria sua face de frente. Uma salma de palmas é a resposta que a mulata esperava e recebeu, se sentindo encabulada e rindo ao perceber que tera seduzido algumas alunas da turma, percebendo a cruzada de pernas das mesmas. Orgulhosamente e entusiasmáticamente prosseguiu com as aulas variadas, variando de todas as formas que possa arrojar seu corpo e até fingir essas mesmas expressões.
13/11/18, 03:37 pm
