Porta Número 3

- Ai minha mãe... de que mulher é isso?! - Murmuraria, e chacoalharia a mão enojada ao cair a ficha ao tratar-se do sangue, antes de sincronizar-se com o restante para adentrar na terceira porta. A gaúcha se depara com um imenso contraste, os campos de trigo fluindo com a eterna clareza do ambiente deixavam a mulata de boca aberta enquanto caminhava em frente. - Geeenteee...da angústia encarnada pra visão do paraíso...dentro dessa ilusão toda, essa parece que alguém pintou tudo is... - Pensa alto olhando ao seu redor, desfilava entre os campos até que se depara com uma figura que se destaca de forma nada sutil no ambiente.
   Respira profundamente e desce um gole de sua bebida de chá portátil, os seus olhos celestes brilham e permanece de óculos na altura dos cabelos. Tudo antes de engajar-se com mais um ser desconhecido. - Ora que modelito, mas 'cê parece uma agulha no meio de palha! -  Toma uma iniciativa para conversar com a mulher misteriosa, de olhos azuis brilhantes olhando-a profundamente de cima para baixo observando os vestes, eventualmente passa a olhar para o rosto pouco expressivo da ilustradora. - Vê nada demais? Pff, eu não sabia que talento e beleza eram medidos pela silhueta. Apesar que...tiro meu chapéu pela sua. - Retruca para a mulher, com uma sobrancelha encima da outra com as mãos na cintura, com um sorriso inquietante no rosto. - Beleza infinita e complexa? Você fala como se a sua mestra fosse uma anja ou algum ser divino desse calão, e ainda sim eu não consigo ver as motivações e feitos dela de forma positiva, não pra Alessa, e muito menos pro mundo. Então me diga, Pintora, quem era você antes da sua mestra te recrutar como tal? O que ela te ofereceu além de poder pra te converter nesse cargo? A que ponto onde a vida te levou pra querer servir uma mulher que almeja manifestar ilusões e pesadelos alheios? - Melena depõe-se gradativamente mais mansa para a Pintora, a simpatia escapava pela voz da gaúcha enquanto mantém seu olhar para a mulher de forma sincera, extremamente curiosa a respeito da vida de uma escolhida pela dita Ahorongui.
   - Sabe, sem contexto, essa pintura pode representar qualquer outra coisa pra outras pessoas que apreciassem, inclusive, tanta gente que se parece ter uma beleza como essa mas ser um horror por dentro...como se essa maquiagem fosse uma ilusão pra atrair gente trouxa pro lado delas... Fora isso, ninguém pode dizer que 'cê não sangrou e suou pra fazer um trabalho com tanto esmero assim. Como 'cê sabe, eu levo a minha vida na área de entretenimento, mas principalmente, artística. E mira, diferente do Arquiteto, você não me recebeu com uma arma apontada na minha cara ou de um amigo meu, então eu quero pelo menos saber qual a injustiça ou motivação que te levou parar aqui. - Finalmente contempla a pintura à sua frente, falava enquanto observava a arte, e o tom da mulata passa a ficar mais instigante, Ximeerra se encontra legitimamente impressionada com a ilustração da artista, e prontamente a bajula de forma quase galanteadora.

Ações escreveu:

1. Consumir 1x Item (Rec. SP) Nível V.

Item:

2. Ativar Assovio Harmônico.

Habilidade:

3. Ativar Faro da Verdadeira Forma na Pintora.

Habilidade:

4. Conversar e elogiar a Pintora e sua ilustração de forma simpática e instigadora, tentando convencê-la a discutir sobre a vida da mesma antes de ser uma recrutada de Ahorongui.

Capacidades:

5 à 24. Esquivas. (se necessário)

Música Tema - Meu Facecioso Encontro

Ximeerra se encontra corada jogando os cabelos para o ar com os supostos elogios que a Pintora traz de forma estreitamente analítica, ao estado que se permanece sorridente durante a conversa apesar da mesma ter chegado a um ponto interpretavelmente severo. - Olha, eu não conheço essa guria, e eu argumento que criança nenhuma tem a vontade de trazer uma miasma como essa mesmo que se sinta revoltada com todo mundo. Uma criança pode ser travessa, mas nunca maliciosa. Então cumprir um plano assim pra que a passagem de um criança não ter sido em vão parece uma falácia pra mim, um imenso desrespeito pra ela e ainda injustificável pelo que a criança passou, não se empurra uma vontade de sadismo ou vingança de um falecido, ainda mais quando o mesmo tem pouca consciência da própria vida que tinha ou teria, inclusive, o que vocês tão cometendo dão a escada da guria virar um espírito quebrado, sujo, alienado...o exemplo mais traumatizante de um egum, como eu diria. - A gaúcha discute ainda adornada, como se demonstrasse um gosto para conversar com a mulher também gótica.
   - Bem, 'cê tem nuances de não concordar com a motivação da Ahorongui por completo, só me mostra que quem avança contra mim ou a minha equipe tem mesmo um caráter sujo ou iludido, eu não entendo o porque de você ainda querer seguir sendo cúmplice dessa nova ordem desumana. - A moça opina em um tom baixo e suave, se aproximando da Pintora estando centímetros de uma para outra, olhando para os olhos da mulher abaixo de si devido a diferença de altura. - Sabe...voltando pra quando 'cê disse que uma pessoa bem aperfeiçoada poderia passar por uma entidade...eu aprecio os seus elogios quanto a minha pessoa...mas eu não consegui tirar a cabeça quanto ao próprio Lúcifer. O anjo mais sábio, mais poderoso, mais bonito, a primeira cria de Deus...caiu por soberba, querendo subir o seu catalão pra cima de uma força criadora do universo. Os planos do anjo caído agora se relevam também com o primeiro passo da soberba de cada ser, isso que o mal em pessoa tem que parecer iluminado e convencional pros que querem um atalho pro conceito de sucesso deles. Não te esquenta, eu...não levei como ofensa, mas 'cê entendeu de quem eu tô apontando hein? - A gaúcha abaixa o sorriso, tanto ao relatar sobre o depoimento anterior, tanto quando percebeu as marcas de auto flagelação na pele da artista. Melena fica rouca tentando abrir a boca para falar, até que olha para o céu e em seguida para a pintura devolta, e consegue voltar a encarar a Pintora com um sorriso alavancado em seu rosto.
   - Mira e reflita, no mundo dos sonhos, o coitado espera que ele não esteja lúcido no plano forjado pra ele, como se aquilo fosse a absoluta realidade, então querendo ou não, ele quer viver debaixo de uma realidade. Então eu já julgo, com a minha intuição feminina e conhecimento sobrenatural, que no momento que a senhorita for inserida no seu próprio plano, tú vai saber que está vivendo uma mentira, tá percebendo o peso do seu fluxo agora! Tá demonstrando um teor de ressentimento quanto a sua própria parceria. Eu tenho uma deusa interior assim como você, e a quem eu rezo são pros meus próprios antepassados, minhas famílias de todas as épocas. Justamente por ter um potencial dentro de mim que essas figuras divinas prestam suas atenções e bençãos pra mim. Mas a partir daí, eu mesma tenho que ralar por tudo que eu almejo, senão a gratificação vai pro brejo. Você é uma artista, 'cê sabe do que eu tô falando. - A mulata euforicamente se depõe sobre possibilidades do destino da Pintora enquanto expõe seu próprio calão religioso através da gratidão.
   Ximeerra se abaixa à altura da ilustradora, pega ambos os pulsos da mesma, e volta a barganhar. - Eu também espero resolver esse arco todo sem violência, mas eu não sei o que a sua mestra vai pensar ou reagir disso ou de mim, por isso que eu não preferi andar sozinha. Então me fala, uma moça tão vigorosa como você prefere me impedir pra continuar a viver o ápice de inspiração dela dentro de um sonho e lúcida da forja ao seu redor, sob o acorde de uma figura que usa a tal como um peão. Ou continuar com uma amiga tão vigorosa e artista quanto ela pra voltar pro mundo e buscar a segunda chance a viver esse mesmo ápice dentro de uma REALIDADE sob a benção da sua família imortal e da sua própria deusa interior? - A moça traz a sua sugestão com um olhar serrilhado e o tom vocal suave e direto para os ouvidos da Pintora, encerrando sua sentença unindo os dois pulsos da mulher e os beijando expressando uma forte empatia e o seu desejo de incentivar a felizarda para o seu lado de iluminação, de braços e peito aberto. - Mas...a única coisa que eu, e você mesma vamos pedir, é que você lute pela sua vida daqui em diante. Eu vou perguntar denovo: Qual.é.o seu.nome? Ou prefere que eu te chame só de Pintora mesmo? -

Ações escreveu:

1. Pegar suavemente ambos os pulsos da Pintora.
2. Beijar suavemente ambos pulsos da Pintora.
3. Barganhar ao discutir com a Pintora. (Teste de Convencimento)

Capacidades:

4 à 24. Esquivas. (se necessário)

Habilidades Ativas:

Ximeerra une as mãos no peito após entregar o seu gesto de simpatia à Pintora, apenas escutando a resposta da artista e contemplando seu rosto antes vazio se convertendo em emoções fortes bastante visíveis desde as lágrimas. O seu rosto sorridente perdura, e suas mãos sobem para a altura de sua garganta com o depoimento pessoal sobre a história da assim chamada Angela Orosco. - Que sobrenome exótico lindinha, parece europeu. A sua rebeldia contra esse Conselho demonstra o seu desenvolvimento. - Comenta livremente, antes da saída ser revelada para a mulata. Surpresa, ainda mais com a última explanação de Angela sobre o próximo paradeiro da gaúcha, se leva a ser conduzida pela artista até a pintura, porém com um pouco desandada. - Ei ei! Segura o facho Angela, aonde que 'cê tá querendo chegar?! - Assim traz a sua última questão para a moça, e também a última sentença da mesma após ser empurrada de frente para fora do plano alternativo.
   Um aperto na garganta e duas lágrimas escorrem de seus olhos ao ver o destino da Pintora e de seus campos, se sentindo muda enquanto observava sua amiga temporária virar vento diante de seus olhos. - Logo assim...tão rápido assim? Da mesma maneira que o outro? Essas pessoas sequer tavam vivas esse tempo todo?! Que mão aquela desgraçada com duas caras meteu nessas almas?! - Pensa alto com a expressão travada com os olhos e boca abertos, até que sua resposta seria imediatamente respondida com o som da voz da própria citada que ecoa do além.
   - Bah...ESSA MÃO! - Agora trincando os dentes e puxando os cabelos por frustração, a moça compulsivamente se repõe ao puxar seu baixo e tocar uma única nota pesada com o punho, para ecoar na sala inicial. - Angela Orosco...eu também nunca vou te esquecer moça...até porque as ações de um espírito nunca se esvaecem. Eu vou ralar aqui pra que vocês descansem em paz. - A gaúcha se dirige para a frente da primeira porta, atraída pela ilustração representando uma nota musical. - Ela já contou que aquela lacraia tem duas caras, coisa que já vi, mas...um rapaz já veio até ela e depôs os mesmo discurso que eu? Que fim deu nele então, se ela ainda tava com essa porta aberta? Não poderiam ser os irmãos Winchester...muito menos o Dean, ele é durão demais pra dar esse tipo de pitaco assim...o Sam parece que teria mais veia pra isso... Ai ai, como será que tão os guris e a elfa? Já me preocupa que um entrou puxado e o outro remordido... E essas portas são as únicas sobrando, então nenhum deles saiu ainda... - Respirando fundo e chacoalhando a cabeleira, segue em frente pela porta após tomar segundos para limpar a mente de preocupações apenas se aprontando para a próxima surpresa ambiental.

Ações escreveu:

1. Terminar a conversa com Angela.
2. Tirar o baixo do inventário para uso.

Item:

3. Tocar uma nota pesada e alta com o punho direito.

Desvantagem:

4. Guardar o baixo devolta para o inventário.
5. Entrar na Porta #1, representante da música.
6 à 24. Esquivas. (se necessário)

Habilidades Ativas: