Capítulo 3 - O Templo de Tekhait

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A expedição de T'Challa tinha seu início, e o grupo avançava com as Lion Guards de Danai montando um perímetro seguro, e com Priya guiando-os. Ele recebeu o Bracelete Kimoyo de sua irmã, achando inusitada a tecnologia, apesar dele mesmo entender pouco disso. Pegariam o caminho mais rápido que apenas um Nagah conheceria, uma das muitas vantagens de ter Priya com eles. - Gostei da bugiganga. - Diria próximo da irmã assentindo com a cabeça, mas sorrindo desavergonhadamente por dentro do capacete. - Vejo que usou como base os braceletes Kimoyo da tradição religiosa. - Acrescentou, sabendo que Kimoyo significava "do espírito" em Bantu a língua mãe da África, e que tinha uma finalidade de união religiosa entre as Tribos. - Montaremos uma espécie de sítio arqueológico, vamos gravar as imagens e comparar com os pergaminhos de Zuri, aquilo que não pudermos traduzir vamos armazenar os dados e podemos retomar no palácio, seria bom não passarmos a noite aqui. - Diria seus planos para o grupo, enquanto caminhava com uma postura ereta, e mantinha-se atento aos arredores, pronto para qualquer ameaça com seu sentidos aguçadíssimos.

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-Não é bugigangas!! -Gritou Shuri irritada com o comentário provocativo do irmão, mas apesar da raiva momentânea, riu. Fazia tempo que não tinha esse tratamento com seu próprio irmão, por conta de ser Rei talvez. -Sim, por ser mais fácil fazer um mecanismo que possa retirar uma pedra e não cair tudo. -Respondeu com o nariz pra cima enquanto andava. -Está certo, fica mais fácil desse jeito. -Diria Zuri aceitando o plano de Onuris enquanto carregava uma saca com alguns pergaminhos. Ele andava lento, já era idoso, mas chegariam lá em quase uma hora. A sorte era que não estava muito calor nem um sol muito aberto, o que faria ter uma brisa fresca. -Uooooo que monumento! -Diria Shuri empolgada com o templo à frente. -Cara já pensou se essa cobra gigante de ouro cria vida?! -Comentou seguindo pra dentro do templo junto com Priya, que seguia até a estátua pra reverenciá-a.

Naquela coluna não haveria mais nada a ser lido por ele, que já havia descoberto parte da história das Nagah's. A palavra que eventualmente ele não conseguia ler antes era Kali Dahaka, a forma gigante de Tekkait. Na coluna seguinte tinha escrito o seguinte código: "Preserve o segredo sagrado a todo custo: esta lei mantém o segredo dos Nagah para se esconder dos Fera que os consideravam inimigos." Ditando passagens da guerra da Fúria e algumas outras guerras que passaram que não foram registradas por outros povos, em maioria com lobos e Wyrm. Na seguinte coluna, "Honre as Três Mães: devote as Três Mães que merecem e exigem." Seguindo pelas colunas seguintes, estaria escrito em ordem:

"Punir aqueles que traem as leis: Nenhuma deve trair os planos de Gaia, sendo punida de morte o traidor e seus descendentes."

"Nunca cace sozinho: ​​Com no mínimo de três Nagah's por grupo de caça, para garantir segurança contra inimigos, decisões e pro caso de corrupção."

"Permaneça Humilde: conheça e reconheça seu lugar."

"Abster-se do Desequilíbrio: Equilíbrio entre o espírito e o corpo é tudo, a Fera precisa do equilíbrio tanto quanto o Homem. Nem um nem outro deverá se sobressair, ou estará errado."

"Ataque Contra o Corruptor Se a Oportunidade É Verdadeira: Verdade e justiça acima de tudo. Tomar conta do portal sem quebrar os códigos anteriores é uma ordem."

Não haviam mais explicações sobre esses códigos, parecia mais um segredo delas, e poderia anotar tudo despreocupado, pois não haveria nenhum inimigo, nem energia estranha próxima. Cada um olhava um ponto diferente do belo templo, haviam estátuas e ornamentos belos e ricos ali.

Ele descobria algo que estaria oculto por vários séculos de todos, e assim que pediu por cadeiras e mesas, Shuri e Danai levou até ele, assim como a caneta e um pequeno bloco, que Shuri levou num bolso. Ele anotaria tudo sem problemas e assim que procurasse por Priya, ela ainda estaria na frente da estátua, porém não em transe e assim que ele chegasse perto, ela olharia pra ele. Ela pegaria o papel, lendo o que ele escreveu. -Não entendi bem... Não fui criada aqui, esqueceu? -Perguntou pra ele confusa com o que tinha lido. Ela se levantava pra poder conversar melhor com ele e ao se apoiar, a estátua brilho e o chão começou a tremer. -O que é isso agora?! -Shuri perguntou assustada enquanto tentava se segurar em algo. Zuri estava sentado e permaneceu assim e Danai ficou em alerta com sua arma em mãos. Porém tudo o que aconteceria seria uma parede atrás da estátua que levantaria como uma passagem secreta. -Epa... -Priya ficou surpresa com aquilo...

Após o breve terremoto e a passagem aberta, Priya virou-se pra ele constrangida. -Não quis dar a impressão de ter te ignorado. -Comentou olhando pra Shuri e Danai que se aproximavam. -Parece que tem mais do que imaginamos. -Comentou Danai séria. -Scaner não, mas tenho algo parecido... -Diria ela pegando algo em sua mochila, era semelhante a uma câmera, porém era de temperatura. -Tenha lanternas também. -Entregaria uma pra cada um enquanto controlava a câmera voadora, que mostrava o que filmava por um holograma que saia do bracelete. A passagem era estreita, porém não havia nada a qual deveriam se preocupar. Haviam dispositivos de segurança, porém por causa de Priya eles não foram ativados. Era uma escada de pedras irregulares, que descia para uma sala maior e escura. Assim que chegassem algumas tochas se acenderam iluminando bem o salão de pedra escura. Em alguns lugares filetes de água escorria como se a pedra transpirasse em uma pequena bacia de água.

Não havia quaisquer escritura nas paredes, eram lisas como pedra de cavernas. Shuri aceitou ficar mesmo contrariada, controlando o drone, enquanto Danai ficava em guarda e Zuri permanecia lendo as escrituras. Lá caberiam em média 200 pessoas naquele salão, não havia imagens da deusa ou estatuas, somente a água que descia por uma das paredes enchendo constantemente uma fonte baixa, como uma piscina de pedra. Porém a água nunca transbordava e Priya olhava ali atenta, não ligando pra mais nada que havia naquela sala. -Parece não ter nada aqui... Pra que tanta segurança? -Perguntaria Shuri com sua voz saindo do drone.

Priya só parou de olhar pra água quando Onuris tocou seu ombro falando sobre a água. Ele permaneceria ali próximo da água com receio de tocar nela, e nesse momento Priya mergulharia sem dar chances de Onuris impedir, deslizando pela água como uma cobra, afundando cada vez mais até sumir da vista dele. Com isso ele poderia notar ser bem fundo. Demoraria por volta de cinco minutos, mas logo ele ouviria Priya. -T'challa? Me ouve? -Perguntaria ela do outro lado da parede. -Tem algo aqui, mas... Não quero ficar só... -Diria ela num tom desesperado. -Está tudo escuro aqui. -Continuaria. -Eu... Eu não to muito bem... -Murmuraria isso e depois se calaria. -Eeeee... Por que ela tinha que mergulhar?! -Perguntaria Shuri e o drone voava de um lado pro outro desesperado.

-Não, ele não é aquático. Não dava pra imaginar uma fonte profunda num templo. -Respondeu Shuri irritadiça com a pergunta. -E-ei! -Onuris mergulhou sozinho lá, era muita água, ele podia perceber ao abrir os olhos pra ver em volta. Podia ser um tanto desengonçado pra nadar ali em baixo, mas conseguiria ir mais e mais fundo. Além disso, conforme mais fundo ia, mais sentia-se leve, como se aquela água purificasse todas as inseguranças e medos que pudesse haver em sua alma, o fazendo ir mais fundo com segurança. Ele acharia uma passagem e assim que passasse por ela seria como se algo o impulsionasse pra voltar à superfície, como se houvesse uma corrente de ar dentro da água. Assim que saísse, ele enxergaria tudo, estava tudo iluminado afinal e Priya lá esperando ele sair da água. -Eu... Consegui acender. -Disse envergonhada. Ali era outra sala, menor que a anterior, contendo selos desenhados por todo o lugar e no centro, uma energia densa e pesada, um portal negro aparentemente preso pelos lacres, que brilhavam e como se saíssem do chão o amarrando. -O que é isso? -Perguntaria ela não se aproximando muito daquilo.